Mais do que zelar pela segurança da carga transportada e, assim, concluir com êxito a jornada que inicia com a aquisição de determinado produto pelo cliente, os sistemas de rastreamento e monitoramento utilizados no transporte rodoviário são imprescindíveis para aprimorar esta atividade, otimizando tempo e recursos empregados.
Não há dúvidas de que o objetivo principal é encerrar a missão de forma ágil e, sobretudo, sem qualquer tipo de imprevisto para o destinatário – fidelizando parceiros e fortalecendo a marca da empresa responsável pelo processo logístico –, contudo, de maneira mais ampla, estes cuidados podem resultar em um importante diferencial de qualificação do serviço a médio prazo.
É muito comum que os próprios conceitos de rastreamento e monitoramento, por estarem intimamente ligados, sejam objeto de certa confusão. De certo modo, um complementa o outro, garantindo o acompanhamento completo do produto e coletando o máximo de informações sobre a viagem, do início ao fim. Na sequência, vamos tentar entender um pouco mais sobre cada um deles e as ferramentas tecnológicas aplicadas em seu uso.
O rastreamento tem uma função mais geral, de reunir dados brutos, crus, relacionados a ocorrências registradas durante o trajeto e, se necessário, analisá-los mais a fundo para determinar soluções a eventuais problemas. O monitoramento, por sua vez, terá uma tarefa ainda mais detalhada, avaliando de forma segmentada o passo a passo da entrega e podendo explorar uma série de parâmetros, como paradas não programadas, abertura do baú, movimentação de itens da carga e até mesmo o comportamento do motorista ao longo do percurso.
Então, é possível perceber que a adoção simultânea destes dois mecanismos é a saída mais eficaz para se obter um resultado satisfatório em termos de oferecer um transporte rápido e seguro aos contratantes. Para um funcionamento pleno destes meios, são inúmeras as possibilidades à disposição do transportador. Recursos mais tradicionais, como o GPS (Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global), permitem, por exemplo, ter conhecimento da localização do veículo caso haja algum desvio de rota ou até mesmo uma situação de furto/roubo.
RFID
A tecnologia RFID (Radio Frequency Identification – Identificação por Rádio Frequência) pode ser outra aliada neste trabalho. Utilizando-se de etiquetas que armazenam dados, presentes especialmente nas mercadorias, ela dá precisão ao controle da carga, detectando qualquer movimentação estranha e fazendo com que os volumes, caso sejam movidos, possam ser rastreados.
Sensores e Telemetria
Há também vários sensores disponíveis no mercado capazes de apontar alterações durante o procedimento de transporte, identificando quebras dos padrões definidos para o roteiro. Entre eles, se destacam detectores de abertura e fechamento de portas, sensores de temperatura, acelerômetros, entre outros. Neste sentido, a Telemetria, com o uso destes instrumentos, amplia ainda mais este acompanhamento em tempo real, possibilitando o acesso a informações específicas, como consumo de combustível, velocidade do veículo em determinado trecho e jornada de trabalho do condutor.
Como vimos nos exemplos acima, há muitas alternativas para se investir na modernização do serviço oferecido aos clientes. É importante considerar, entretanto, que muitas delas já não podem mais ser vistas como uma novidade, e sim, uma verdadeira exigência. O resultado positivo vai muito além da satisfação dos destinatários das mercadorias a serem entregues, fazendo com que a empresa se mantenha em permanente evolução, graças à avaliação de todas as etapas de seu processo de logística.